domingo, 31 de outubro de 2010

As Regras e as Rotinas



As regras e as rotinas: duas das muitas vertentes do amor!
Tem-se falado muito em regras (os psicólogos gostam muito de falar disto!). Há pais que não concordam muito com elas, ainda com marcas profundas da educação repressora dos seus pais; há outros que as acham fundamentais; há outros que não ligam nem pensam muito no assunto; haverá outros que pensam outras coisas quaisquer.
Não sei como é quem me lê, mas dou-lhe a minha opinião e partilho os meus pensamentos.
Primeiro que tudo, muitas vezes se confunde regra com rotina. A confusão é plausível, mas convém realçar que são coisas diferentes. Regra está relacionada com disciplina, regulação, método. Rotina está relacionada com a estabilidade dos acontecimentos diários, quotidianos.
Cada um de nós tem os seus valores pessoais, morais, éticos, humanos, teóricos, etc. Estabelecemos as nossas regras de acordo com isso: numa família pode ser regra rezar antes da refeição; noutra pode ser regra descalçarem-se assim que chegam a casa; noutra pode ser regra não se comer carne; noutra… São inúmeras as regras que cada família tem, sejam elas pensadas ou não. Sejam que regras forem, a verdadeira importância, para as crianças, está na sua consistência, na sua constância. Ou seja, o que é regra hoje é também amanhã, ou daqui a 15 dias. Pode não se repetir todos os dias (não se vai ao supermercado todos os dias, por exemplo, mas a criança sabe que quando vai faz parte das regras não passar à frente de ninguém na fila, por exemplo).
As rotinas também variam em cada pessoa, em cada dinâmica familiar. Umas crianças tomam banho de manhã, outras à noite; umas comem sopa todos os dias, outras só de vez em quando; umas deitam-se às 21, outras às 22, … Seja como for, as rotinas são estabelecidas de acordo com o quotidiano e a forma de viver dos pais, as suas crenças, a sua disponibilidade, a sua forma de viver. Estas rotinas passarão a ser as rotinas das crianças.
Tanto umas como outras, são de uma importância enorme para as crianças, porque é a forma de elas sentirem o seu mundo seguro.
Façamos o exercício de nos pormos nos sapatinhos delas. Elas, que crescem a uma velocidade imensa, que têm o enorme desafio de lidarem com o seu crescimento e encaixarem-se neste mundo, se não tiverem esta estabilidade, o mundo fica a ser verdadeiramente ameaçador para elas! Mesmo! Porque nunca sabem o que esperar, como esperar, de quem esperar. É como se cada dia fosse um sobressalto, mesmo que sejam feitas coisas à partida “divertidas”.
A constância das regras e das rotinas fá-las sentir que o mundo é um lugar seguro, que há coisas que se mantém, que os adultos, sobretudo os pais, são uns valentes que tomam conta delas; porque quem põe limites e diz para onde é que elas devem/podem ir e em que momentos, demonstra que está atento, que toma conta delas, que as protege.
Naturalmente, as regras e as rotinas vão mudando, e é desejável que assim seja: adaptam-se ao próprio crescimento das crianças, às eventuais mudanças de vida e gostos dos pais, a circunstâncias variadas… Mas mesmo que mudem, é importante que existam sempre, com estabilidade. Estabelecê-las é uma forma de Amor, enorme. Porque nem sempre é fácil, nem sempre nos apetece, nem sempre facilita a nossa liberdade de “movimento”. Mas faz parte do Amor, creio-o mesmo.
Não é verdade que a nós nos orienta sabermos quais são as regras do nosso local de trabalho? E da circulação dos carros? E da nossa família? E não nos tranquiliza sabermos que àquela hora vamos entrar no trabalho, ou sair, e vamos fazer isto e aquilo, e vamos encontrar esta e aquela pessoa?
Às crianças também, mas em muito maior dimensão! À dimensão delas!
Joana Pires

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Os animais lá em casa...

A pedido de muitas famílias cá vai um texto meu...

O tema não é por acaso, para além de hoje a minha irmã (Joana) me ter dito: "Tens de escrever algo sobre isso" quando eu lhe perguntei ao telefone após a enxurrada de hoje: "E o cão? Coitadinho, como está?" em vez de, como considera ela e todas as pessoas "normais", perguntar como é que ela estava...

Não é que me preocupe mais com o cão do que com ela, nem que goste mais do cão do que dela, mas... Não sei, um cão é um cão e como cão que é tem de ir fazer as suas necessidades fisiológias à rua, mesmo no meio de um dilúvio, daí a minha pergunta... A resposta foi, como seria de esperar: "Está melhor que eu, que ando na rua à chuva e ele está em casa no quentinho da sua caminha!!!"

Pois o meu post de hoje também vai nesse sentido, o dito cão (que por acaso é o da minha irmã) tem casa, cama e está quentinho, mas no meio do dilúvio muitos outros estão na rua, ao frio e à chuva! É uma triste realidade da nossa sociedade que todos nós podemos e devemos ajudar a mudar, como?

De diversas maneiras, a melhor de todas é simples, ir a um site de uma qualquer associação de protecção aos animais e ajudar de alguma forma, eles têm lá muitas maneiras de ajudar! Desde a mais complicada (já vos falo sobre isso) que é adoptar um animal, ao apadrinhamento, voluntariado, doações de dinheiro e bens (por exemplo cobertores velhos que já não usam), comprar (agora pelo Natal é muito útil) produtos que eles têm à venda, etc... Experimentem!

Em relação ao adoptar um cão ou um gato... Pois eu, apesar de ter adoptado dois cães e de ser contra a compra/venda dos animais, não ando a "impingir" a toda a gente que adopte um cão ou gato, porquê? (E isto serve tanto para quem adopta como para quem compra)

Um animal é para viver connosco toda a sua vida. Dão imenso trabalho, são uma grande despesa, precisam de muita atenção, carinho, tempo e disponibilidade, os cães precisam de ir à rua, estejam 40º à sombra ou caia um dilúvio como o de hoje. Ao não ponderarem todos este pontos, quem acolhe um animal é um sério candidato a "desfazer-se" do mesmo!

As desculpas são sempre as mesmas:
1. O condomínio, senhorio, etc.. não permitem... - Pois bem, a lei portuguesa é muito clara sobre isto, nenhum condomínio ou senhorio pode opinar sobre o que tenho em casa. Os animais são considerados coisas pela lei portuguesa e como tal se ninguém pode opinar se posso ou não ter um móvel em casa o mesmo se passa com um animal, desde que este esteja conforme a lei (vacinado, que repeitemos o limite de número de animais, etc.). Para mais informações vejam http://www.lpda.pt/.
2. Engravidei... - E???? Quanto a esta acho que nem há justificação... Mas posso acrescentar que a Organização Mundial de Saúde concluiu que as crianças que nascem com animais em casa (cães ou gatos) têm menos, cerca de 90% de probabilidades de desenvolverem doenças respiratórias (asma incluída).
3. O meu filho é alérgico - médicos alergologistas dizem que a alergia aos animais (cães e gatos) é tão rara que dificilmente conhecemos alguém que as tenha!!! Surpresos??? Pois o que existe é alergia aos ácaros, onde há animais há mais ácaros, nada que um bom arejamento, limpeza e escovagem não resolva! Li há pouco, confesso que não me lembro onde, o depoimento de um médico sobre este tema, e ele dizia que era perverso os seus colegas de ânimo leve diagnosticarem alergia aos animais desta forma!
4. Divórcio... - Quanto a esta eu ainda consigo entender que é difícil quando se tem filhos e em pleno inverno, com as crianças na cama e sozinhas em casa ter de levar o cão à rua... Pode mesmo ser impraticável! No entanto há soluções, por exemplo uma empresa de pet sitting (http://www.companhiadossitters.pt/)!

Quero com isto reforçar que estas justificações que as pessoas arranjam para se "desfazerem" dos seus animais não são mais do que desculpas para uma coisa que não fizeram: Ponderar muito bem e concluir que estão dispostas a cuidar do animal, no minimo, pelos próximos 15 anos! Não pode ser uma decisão de agora, mas sim de futuro! Pensem nisso muito bem e não cedam aos pedidos dos vossos filhotes, nem a conselhos de médicos ou psicólogos de que faria muito bem ao menino/a ter um animal de estimação, pois não é o Dr. quem vai cuidar dele!

Perdoem-me a extensão do post mas não poderia de deixar de mencionar todos os pontos importantes! Mais tarde voltarei a falar dos nossos amigos de 4 patas, agora deixo-vos com este texto e umas fotos dos nossos amigos (tiradas por mim)!

Obrigada a todos e não abandonem os vossos animais!

Ana Fonseca

Agradecimento...

Bem-Hajam!
Hoje quero agradecer-vos, a todos que me/nos têm lido. Sinto uma profunda gratidão, mesmo.
Alguns de vós já sabem que sou pouco dada a estas tecnologias: não me movimento em blogues, não tenho facebook, tudo o que vá para além de escrever no Word, receber e mandar e-mails, já exige de mim um esforço grande. Não sei bem porquê, simplesmente tenho dificuldade, ou resistência, ou seja lá o que for. A minha querida irmã é que trata de tudo, eu só escrevo no Word e mando-lhe! Obrigada, Ana, sem ti não seria possível esta partilha!
Mas ao nosso blogue, a este, vou todos os dias. Vê-lo, mimá-lo, fazer-me crer e constatar que ele existe! E sempre, mas Sempre que lá vou, ando com o rato (a palavra científica deve ser cursor, não sei!) em cada um dos quadradinhos dos seguidores! Acreditem que nem sabia que existia! E em cada quadradinho leio os vossos nomes, sempre! E hoje percebi que era uma forma, a minha forma, de vos agradecer, de vos dizer “olá”, cada vez que entro no blogue. Alguns quadradinhos sei a que pessoas pertence, outros não; mas a todos eles, ao passar o meu “rato”, agradeço de igual forma.
Como agradeço aos cento e trinta (quantos são mesmo, Ana?) seguidores no facebook. Eu raramente lá vou, a minha irmã é que o dinamiza; não sei quem nos segue, mas a cada pessoa agradeço igualmente.
Como agradeço aos e-mails que me têm mandado, com palavras de afecto, de entusiasmo, de identificação, relativas ao blogue.
Agradeço-vos, profundamente!
Eu dou-vos os meus pensamentos, emoções, questões, através das minhas palavras; vocês dão-me a vossa presença, e a luz enorme de me fazerem sentir acompanhada nestas coisas que penso e sinto. Isto é tão valioso!
Para quem não me conhece, eu estou na fotografia do texto “os afectos nas e com as crianças…”. Eu gosto de conhecer os rostos das pessoas, por isso imagino que alguns de vocês também gostem de conhecer o meu. A fotografia nasceu das mãos e da Alma artística da minha irmã, numa sessão fabulosa que fiz com ela, há um ano atrás; a minha expressão facial nasceu da imensidão de Amor que tenho pelo meu filho, o Ser maravilhoso que tenho ao colo na fotografia! O Nunu também nos fez companhia, um dos dois bonecos com que o meu filho dorme desde que nasceu.
Essa sou eu, numa fotografia que mostra muito de um dos cantinhos mais profundos e íntimos do meu Ser: o Amor pelo meu filho.
Mas eu sou uma série de outras coisas, com vários cantinhos. Um deles é o de me fazer todo o sentido manter a minha forma de estar, a partilha de afectos, de sorrisos, de sinceridade, não só com as crianças (de quem tenho falado mais), mas também com os adultos que me rodeiam. É assim que me faz sentido viver. Faz-me sentido elogiar alguém quando sinto essa vontade; tocar-lhe no braço; dizer às pessoas o que de bom em mim suscitam; partilhar sorrisos, e outras vezes nem tanto, e… E olhar para as pessoas, as crescidas, os graúdos (como eu!) e vê-los! E respeitá-los, e elogiá-los quando o sinto, e manter-me num registo de cooperação no nosso crescimento e na existência pessoal de cada um, na exaltação das suas/nossas qualidades únicas!
Nem sempre é fácil, por várias razões: porque por vezes sinto que as pessoas me acham meio choné, ou a roçar a cínica, ou meio tontinha, porque só os meio tontinhos é que vivem a vida com ligeireza (dizem alguns!); mas também não é fácil porque há dias em que estou zangada, em que algumas pessoas não me suscitam sorrisos, em que me aborrecem, e irritam. Mas são em menos quantidade, estes dias. E isto aprende-se, mesmo. Aprende-se a soltar a garganta quando temos as palavras elogiosas a quererem sair; aprende-se a soltar a mão quando nos apetece simplesmente tocar em alguém; aprende-se a não termos medo de falarmos sobre nós, sobre o que sentimos, seja num tom mais escuro ou mais claro.
Os dias nem sempre me são pacíficos, acreditem. As fases da minha vida também não. Mas acreditem, também, que podemos escolher. Tal como vos dizia num dos textos passados, é possível escolher. Não é quando a dor é gigante, quando nos sentimos enrolados numa enorme onda, em que não conseguimos vir ao de cima – nessas alturas o sofrimento tem de sair, antes de qualquer coisa! Mas quando nos sentimos minimamente estáveis, quando não estão a ocorrer mudanças estruturantes na nossa vida, nessas alturas acredito profundamente que podemos viver melhor, sermos mais felizes, e diariamente escolhermos como é que queremos agir nesse dia. Podemos nem sempre conseguir, mas tentamos. E isso já é fabuloso, é aí que me situo! A tentar, quase diariamente!
Porque a minha experiência (e é dela que falo sempre, do que vou sentindo, vivendo e pensando) é que aquilo que damos ao Mundo, o Mundo nos devolve. Mesmo! Quantos mais sorrisos partilharmos, mais receberemos; quantos mais abraços dermos, mais receberemos; quanto mais disponíveis estivermos, mais os outros estarão para nós; quanto mais transparentes formos, mais os outros serão para nós;…
Da minha parte, estou absolutamente certa de que tudo o que vos dou, recebo de volta!
E é exactamente por hoje ter sentido isto com tamanha nitidez, que vos agradeço!
Bem Hajam!
Por terem suscitado em mim este sentimento, por se terem cruzado no meu caminho, mas sobretudo por simplesmente Existirem, na vossa Mágica e Poderosa Unicidade!

Joana Pires


Ps: Para quem não conhece a Joana é ela quem está na foto deste post!!! Mas ela não sabe... fui eu quem pôs... hoje ela já vai saber, quando vir!!!

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Os T.P.C's

Várias vezes me tenho deparado com a questão dos trabalhos de casa dos miúdos. Chamo-lhe “questão” porque a considero mesmo como tal!
Primeiro que tudo, as crianças são crianças; depois são filhas; depois irmãs; netas;… Isto para dizer que, na minha opinião, há muitas coisas (entre as quais as referidas) absolutamente basilares, essenciais, na vida das crianças, sem as quais elas deixam se Ser, sem as quais o seu crescimento fica verdadeiramente comprometido. Acredito profundamente nisto.
Aprenderem a ler e escrever é importante? Claro! A todo o custo? Não! A muito custo? Também não. Com algum custo? Sim, dependendendo do custo.
Tenho assistido a uma exigência cada vez maior para com as crianças: os professores acham logo que uma criança tem atraso se não acompanha o ritmo dos outros (em vez de colocar a hipótese de poder ser uma criança mais enérgica, com maior aptidão para a dança ou o futebol, em vez de para os livros), os pais temem que os filhos não acompanhem o ritmo dos outros, fiquem para trás, não vençam na vida; as conversas dos adultos rondam sempre “então, tiveste boas notas?”, o que é absolutamente entediante!
(Lembro-me, em miúda, de achar estas perguntas desprovidas de sentido, sinceramente; alguém que eu não conhecia, amigo do pai ou da mãe, queria saber das minhas notas, em vez de querer saber sobre as brincadeiras giras que eu fazia, que inventava, que gostava… Acredito que hoje em dia os miúdos ainda sintam o mesmo!)
Os pais das crianças que estão na escola, sobretudo do primeiro ciclo, têm um enorme desafio: o de tentarem o equilíbrio entre as aquisições escolares e a não perda da qualidade familiar e da saúde mental dos seus filhos! Isto é verdade, de facto. Se os professores mandam muitos trabalhos e os pais acham demasiados, questionem-nos; se responderem que os vossos filhos precisam, perguntem exactamente porquê: demora mais tempo que os outros? quanto mais tempo? em todos os trabalhos? que matérias é que o/a interessam? no que é que ele/ela é mesmo bom a fazer, o que é que gosta mesmo de fazer na sala de aula?
A esta última questão, os professores têm de saber responder! Vocês conhecem os vossos filhos: alguns são rapidíssimos a decorar as músicas do Panda; outros a sabem de cor as histórias que têm em casa; outros têm uma enorme rapidez de raciocínio em várias circunstâncias. Uma cabeça esperta é sempre uma cabeça esperta! A cabeça não se altera com o contexto! E as crianças são todas diferentes, e consciencializemo-nos de que essa é a enorme mais-valia da nossa Humanidade!
Todos temos o desafio de nos conseguirmos integrar sem que tenhamos de nos formatar! Percebem o que digo? Este desafio é enorme! Mas relativamente às nossas crianças, a nossa obrigação é ainda maior. Devemos dar-lhes o espaço de se exprimirem como são. Uma criança que sinta aptidão para ser bailarina não vai ter o mesmo interesse por livros do que uma que adora saber sobre rochas ou animais; uma criança que queira ser cantora, não tem o mesmo comportamento do que uma que quer ser pintora! “Ah, eles ainda são novos para saber!” Não são, de todo. É nesta fase que eles sentem com maior nitidez e pureza o que gostam, sem equacionarem notas, e médias, e desemprego! Por isso é nesta fase que os devemos deixar Ser, descobrirem-se, mantendo a entrega de amor que temos por eles. É com Amor que eles crescem e se desenvolvem; o resto, são pormenores, que nos cabe a nós, adultos, lhes darmos a importância (grande ou pequena) que sentimos que tem para o nosso filho/a. Os professores têm a sua opinião, mas que apenas vale isso. Este ano é um professor, noutro ciclo são outros; mas os filhos são nossos, sempre, e é a nós que nos cabe equilibrarmos o nível de esforço que eles estão a ter, venham quantos professores vierem dizer que assim é que devia ser! Discordarmos de um professor não faz de nós, necessariamente, protectores irracionais das nossas crias! De todo! Já lá vai o tempo em que não se questionavam professores. Quando discordamos e temos dados concretos sobre a nossa discórdia, temos de ter a coragem de defendermos a nossa opinião. Sobretudo, de defendermos os nosso filhos! É também para isso que somos seus pais!

Joana Pires

sábado, 23 de outubro de 2010

Apresentação Formal...

APRESENTAÇÃO FORMAL (Ana)

Olá a todos,

Já andamos por aqui há uns dias e ainda não tínhamos feito a nossa apresentação formal... Pois bem, façamos agora!

O meu nome é Ana Fonseca, tenho 37 anos, sou licenciada em Sociologia, vertente Exclusão Social (Criminalidade, Toxicodependência e (In)Sucesso Escolar). Sou fotógrafa por paixão e, espero, por vocação - As fotos que "enfeitam" o nosso Blogue são minhas, espero que gostem! Sou Terapeuta Floral - terapia com essências florais, gotas que iluminam as nossas vidas e nos ajudam a encontrar o nosso equilíbrio potenciando tudo o que existe de positivo em nós!

Como já devem ter reparado não acredito na especialização profissional, pelo menos para mim, não consigo ver-me a fazer apenas uma coisa, e não, não sou hiperactiva, muito pelo contrário, adoro dormir, descansar, o "dolce fare niente"... Apenas não gosto de fazer somente uma coisa, acho, sinceramente, que tenho mais do que um talento e como tal tenho e devo aproveitá-los!

Sou Reikiana porque sim, porque encontrei este caminho que me protege, aconchega e me dá uma luz e alegria imensa! Pratico Yoga, faz-me bem, ensina-me a viver no agora, a ser flexível, a ceder, a ter aquele tempo para mim! Estou a frequentar um curso de Astrologia... Estou a adorar, mais tarde darei mais notícias sobre este tema, para já ainda não sei bem o que sei... Comecei há pouco tempo!

Sou mãe de duas maravilhosas meninas, lindas, fantásticas que amo a cima de tudo! São a minha luz!

Tenho dois cães, sim, eu adoro animais, não! Eu amo animais! O que sinto por eles é amor, não apenas pelos meus mas por todos os animais, não é um amor paternalista ou maternal, é um amor de profundo respeito, são seres maravilhosos, para mim são seres de luz, próximos das fadas, têm uma alma nobre, amam incondicionalmente, têm instintos e obedecem-lhes, são incapazes de praticar o mal, atacam por defesa ou alimentação! Sabiam que o ser humano é o único animal que mata por prazer e desporto?

Sou casada, casei por amor, cada vez mais o amor faz parte da minha vida e eu não posso deixar de falar dele! Amo o meu marido, temos momentos bons e outros menos bons, mas faz parte do crescimento, do conhecimento e do amor!

Sou filha, irmã (tenho duas irmãs lindas!!!), tia (dois sobrinhos maravilhosos!!), amiga (ui!!! Não tenho palavras para os meus amigos... É tão bom ter amigos! Amo-os!), sou prima, nora, cunhada... Enfim... Sou eu!

Espero que gostem das nossas partilhas, nós aguardamos as vossas também!

Bem haja a todos!



APRESENTAÇÃO FORMAL (Joana)


Estudei psicologia, vertente clínica, e durante algum tempo decidi que não exerceria. Sempre quis trabalhar com crianças. De há uns tempos para cá exerço e gosto muito do que faço. E trabalho com crianças e adolescentes.




A forma como trabalho é simples: muitíssimo respeito por quem tenho à frente e toda a minha atenção do que me ocorre e do que sinto na presença da pessoa, tenha que idade tiver. No trabalho com crianças, os pais são elementos fundamentais. Às vezes ultrapassam-se dificuldades das crianças só falando com pais, não é preciso nenhum acompanhamento individual à criança.


Para além disto, tenho duas outras grandes convicções: 1-quem se cruza comigo, seja particular ou institucionalmente, é porque tinha de ser; 2-a garantia que dou é de dedicação e transparência. O trabalho com pessoas, dos 0 aos 100, pressupõe sempre uma dança a dois. A minha função: conquistar quem tenho à frente para dar o primeiro passinho de dança comigo! O resto da coreografia vai-se construindo, havendo sempre um prognóstico da duração da música!

Gosto muito de: todas as coisas que tenham a ver com as pessoas; pensar e sentir a vida, não deixar que viver seja um acto mecânico; rir de coisas parvas; descobrir coisas novas, em mim, em quem me rodeia, nas coisas e nos espaços por onde passo; escrever, comunicar, dar e receber; partilhar afecto, admiração, sorrisos, sempre que espontaneamente os sinto nascer em mim; descobrir diariamente, com as crianças que me rodeiam, que viver pode ser simples, muito deliciosamente simples!


Joana Pires

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Os afectos nas e com as crianças...

Ainda os afectos nas e com as crianças…
Em contexto profissional, quando conheço os pais das crianças com quem vou trabalhar, pergunto frequentemente “Quais é que acha que são as facilidades e qualidades, e as dificuldades e defeitos do seu filho/a?”. E os pais ficam muito aflitos, não sabem o que responder e recorrem sempre ao desempenho escolar dos seus filhos.
Isto já me aconteceu várias vezes e é transversal a várias idades, contextos sócio-económicos e educacionais.
Hoje, num destes encontros, voltou a acontecer. O que me levou a pensar? Será que dizemos às nossas crianças no que é que elas são mesmo boas a fazer? Será que lhes dizemos o quanto lhes achamos graça, o quanto ficamos orgulhosos delas em várias situações, o quanto elas iluminam a nossa vida?
Vou vivendo e vou cada vez mais tendo a sensação que não é espontâneo em nós elogiarmos quem nos rodeia, ou dizermos que gostamos deles. Refiro-me sobretudo à relação entre adultos, mas também com as crianças.
Sobretudo quando sentimos a imensidão de Amor que sentimos pelas nossas crianças, como tal sentimento é tão grande, assumimos que, como seria óbvio, elas o sabem existente e imutável em nós. Não é completamente verdade.
Voltemos a fazer o exercício de pensar em voz alta nas coisas. A nós, adultos, sabe-nos muito bem ouvir um “amo-te” ou “gosto muito de ti”, ou um elogio de um colega ou chefe de trabalho, ou de algum familiar. E nós, crescidos, temos a capacidade de encontrarmos o Amor em gestos e comportamentos (se ela me telefona é porque gosta de mim, se ele está casado comigo é porque gosta de mim, se me voltaram a contratar é porque gostam de mim…). As crianças não sabem isto, não vêem isto.
O meu pensamento hoje foi: Quantas vezes ao dia elogiamos as nossas crianças? Quantas vezes lhes dizemos o quão estamos felizes por estarmos com elas? E quantas vezes lhes dizemos que estão a fazer disparates? E quantas vezes lhes dizemos que nos estão a cansar, e irritar, e a chatear?
Temo arriscar que o balanço é bastante desequilibrado! Mas não somos más pessoas por isso, de todo, deixemos a culpa de lado porque só atrapalha. Mas podemos começar a pensar nisso, apenas isso.
As crianças aprendem com o nosso comportamento, não com o que lhes dizemos que é bonito ou ajustado fazer. Se temos crianças que não ouvem incentivos, elogios e palavras de amor constantemente, como é que queremos que elas tenham esses comportamento connosco, ou com os colegas, ou quando crescerem? É pedir-lhes demasiado, não é?
Tenho a profunda convicção de que é o amor que nos move, sempre; que nos deixa as doces memórias dos afectos; que nos faz sentirmo-nos válidos e tentarmos concretizar os nossos sonhos; que nos faz sorrir, e que quanto mais sorrimos, mais sorrisos recebemos de volta! E é tão mais feliz e divertido viver assim!

Joana Pires

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

E como gerem as crianças as suas contrariedades?...


E como gerem as nossas crianças a contrariedade do seu quotidiano? Acho que é uma boa pergunta.
Começo por dizer que tenho uma visão global das coisas. Ou seja, é pouco prático e funcional ver a criança só por si, porque ela está sempre envolvida em diversos contextos. E tenho, para mim, que as crianças não têm nem mais nem menos valor do que nós; a sua irritação é tão válida quanto a nossa; os seus desejos são tão válidos quanto os nossos; o seu Ser tão válido quanto o nosso. O que acontece é que nós, adultos, tendemos ou a ver a criança como uma vítima do nosso comportamento stressado, ou uma pulga agitada que nunca acarreta as nossas ordens. Há um meio termo, um equilíbrio, entre estes dois níveis.
Naturalmente que questões como as birras, ou comportamentos opositores, etc, só podem ser pensados quando nós, adultos, estamos calmos. No meio da irritação não se chega a nenhuma conclusão, apenas se re-age, em vez de se agir!
Apesar de considerar que temos os mesmos direitos e valores, nós, os adultos, e as crianças, os papéis que desempenhamos no mundo e uns face aos outros, são substancialmente diferentes, em várias coisas. Hoje centrar-me-ei apenas numa, que é a nossa responsabilidade de pensarmos as coisas, no porquê de elas se passarem como se passam, e pormo-nos (agora que estamos calmos e tranquilos!) nos sapatinhos das crianças, para que em situações de “crise” possamos agir de forma diferente.
Se para nós é frequentemente difícil cumprirmos as nossas obrigações, imaginem para uma criança. Nós ainda temos a opção de escolha: temos aquele trabalho ou outro; pomos o despertador para aquela ou outra hora; escolhemos este ou aquele caminho de manhã. Mais ainda, e sobretudo: temos uma maturidade cognitiva e emocional que as crianças não têm. Quando nos sentimos irritados, temos a capacidade e a escolha de pensar porque é que nos sentimos assim, e tentar alterar isso. Como vos dizia: temos a capacidade de acordar de manhã, quando nos sentimos mais cinzentos, e decidir se vamos rabujar ou aproveitar o dia. As crianças não.
Elas sentem uma série de coisas, muitas vezes a tal contrariedade que nós sentimos, mas não conseguem identificar que é isso que as está a incomodar; ou que chegam a casa com uma grande birra porque a professora ou um colega lhes falou mal e isso os magoou; ou dormiram mal; ou os pais escolheram mal a roupa de manhã, e por isso passaram o dia ou com frio ou com calor,…! E para além de não conseguirem identificar a causa, não conseguem chegar à conclusão de que estão chateados, e dizerem-nos isso. Então a forma que lhes é possível de exteriorizarem isso (as crianças são muito sábias – espontaneamente sabem que as raivas e tristezas são para pôr cá para fora!) é embirrarem com tudo, sobretudo com os pais. Porquê com os pais? Porque são as pessoas mais seguras que eles têm: sabem (felizmente!) que façam o que fizerem, eles continuarão a amá-los. Mas também por outra razão igualmente importante: porque os pais têm a enorme função de ir decifrando o mundo aos filhos. Quando eles são pequeninos, começa-se por: “é o carro”, “é o cão”, “o avião”, etc. Começa-se a decifrar o mundo que os rodeia e que eles não conhecem, dando-se-lhes nomes, explicando-se-lhes as suas funções.
E relativamente às emoções, ao mundo interno que vai crescendo dentro deles e eles também não conhecem? Neste campo muitos de nós acham que não é preciso, que eles chegam lá sozinhos. É verdade que chegam, as crianças têm uma sabedoria enorme, mas se não lhes traduzirmos as suas emoções, o caminho que elas têm de percorrer pode ser muito mais longo e doloroso.
Como é que se faz, na prática? O mais fácil é com exemplos. Podem ser centenas deles, deixo-vos alguns.
- uma criança chega a casa com a tal birra, a guinchar por tudo e por nada; nós até estamos também cansados, mas lá está, temos a obrigação (que eles ainda não têm) de recorrermos à nossa maturidade e termos paciência. O primeiro passo é traduzir o que estamos a ver e a sentir: “estás mesmo chateado hoje, estás zangado, estás a embirrar com tudo. Aconteceu alguma coisa?”. Não acalmarão à primeira, claro, mas abre-se a porta para eles sentirem compreensão. Se estiverem muito agitados fisicamente e sentirmos que estão em sofrimento, ou angústia, ou fora do seu controle, agarramo-los fisicamente. Eles não vão querer, mas nós persistimos, e isso acabará por os acalmar. Se eles não nos conseguirem dizer porque estão assim, podemos ir avançando “às vezes sentimo-nos chateados e zangados e não sabemos porquê, isso acontece; mas depois passa”. É importante que o facto de termos esta paciência e tolerância com eles, não significa que os deixemos fazer tudo, de todo. Eu agarro-o mas não lhe permito que me dê pontapés: “eu sei que estás zangado, mas não gosto e não deixo que me magoes, ok?”, e agarramos-lhes as pernas, para os conter e para eles sentirem que, efectivamente, somos mais fortes. E isto dá-lhes segurança! E á medida que vamos fazendo isto, agarrando, aconchegando, dizendo que os sentimos chateados mas que vai passar, isto vai os tranquilizando. É que resulta, mesmo! Claro que é preciso paciência e tempo (este bem tão valioso!). Tempo para estarmos ali com eles, a ajudá-los a lidarem com aquilo que os incomoda e eles não conhecem!
Porque é que haveremos de estar com eles só quando estão com caras giras e meiguinhas? Porque é que nos vamos embora quando estão chateados? Não faz sentido, pois não?
Por isso é bom irmos pensando nisto, vermos se nos faz sentido, agora que estamos calmos. Não conseguimos fazer isto sempre, claro, mas se o fizermos de vez em quando já é bom. E depois vamos aumentando a nossa capacidade de o fazer, e eles vão aumentando o seu conhecimento sobre si e, consequentemente, vão diminuindo a frequência dos momentos de perda de controle.
Os exemplos podem ser muitos, mesmos muitos, de acordo com a especificidade de cada criança e de cada circunstância!
Irão surgindo mais! Mas qualquer dúvida específica, estou (estamos!) à vossa disposição!
Joana Pires

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Um bocadinho a propósito da ponte com o nosso quotidiano…

Um bocadinho a propósito da ponte com o nosso quotidiano…
Hoje dei-me conta (como tenho a sorte de me dar muitas/algumas vezes) de que são, de facto, as pequenas coisas que podem fazer a diferença no nosso dia, mesmo naqueles em que temos uma série de coisas para fazer, com algumas pessoas por quem não temos especial simpatia, e fazer aquelas coisas que nem sequer nos apetece muito.
Hoje tive um dia assim.
Quando acordei, pelas 7:00 (ainda o sol não tinha dado os bons dias), pensei que tinha duas opções: ou levantar-me chateada porque era cedo, e tinha um dia pela frente que poderia ser chato; ou fazer o exercício de ir tocando o dia, ao seu ritmo, com olhos curiosos.
Se consigo fazer isto todos os dias, a tal decisão inicial? Não. Mas há vezes, que com a prática vão aumentando, que consigo.
Nos dias em que o bem-estar é mais natural e espontâneo em mim, não sinto a necessidade deste exercício. Mas nestes dias, em que acorda connosco, bem ao nosso lado, a contrariedade, é-me necessário fazê-lo. E então acabo por ter um dia “felizmente tonto”, porque me convido constantemente a olhar para o lado positivo.
Mas vou passar a exemplos concretos: acordei cedo (para mim, 7 da manhã é cedo!), ensonada, sem as boas-vindas do sol! É chato. É. Qual foi a enorme vantagem? Tive um começo de dia sereno, sem correrias, e cheguei às horas a que me tinha proposto, a todos os lugares!
Escolhi um sítio para almoçar, com rapidez, por compromissos marcados. Não gosto de almoçar fora “à força”, ainda por cima sozinha, chateia-me. Qual a grande vantagem de hoje? Encontrei-me com umas beringelas recheadas com queijo e tomate, deliciosas! Dei-me espaço para o prazer de conhecer um sabor novo, ainda que num sítio pouco agradável. Vantagem do sítio? Tive lugar para me sentar.
Lá cheguei depois do almoço onde era suposto, apetecia-me imenso um café. Dei o cartão: “Tem de o carregar, mas a papelaria está fechada”, disseram-me. “Porra!”, enche-me logo o espírito esta palavra, que não se libertou pela minha voz! Olhei para o lado, estava uma senhora, olhou para mim: “Quer que pague do meu cartão?”. Bendita senhora, estava-me mesmo a apetecer um café! “Muito obrigada, agradeço-lhe muito!”, disse eu com sincera gratidão.
Ora, podia pensar que tinha sido tudo mais fácil se me tivessem avisado logo que tinha de carregar o cartão. Mas, sinceramente, não trocava a sorte de me ter deparado com a simpatia desta senhora pela agilidade da situação. A sério! Daí ter pensado que muitas vezes estas pequenas intempéries (minúsculas! mesmo para mim que gosto muito de café depois do almoço!) nos trazem episódios bonitos. Podia ter ficado logo azeda com a senhora que não me avisou do cartão, ía-me embora rancorosa, a vociferar… Enfim.
Mas onde tudo podia ter começado torto foi logo ao sair da cama: não me apetece levantar, está de noite, tenho sono, não me apetece ir,………….. Hoje fui capaz de escolher e exercitar pensar e sentir de outra forma!
E garanto-vos que valeu a pena! Vou-me deitar a sentir que tive um dia francamente bom e bonito! Porquê? Por outros tantos episódios que consegui sentir, aproveitar, disponibilizar-me a vê-los!
Como é que te sentes hoje, leitor que me lê? A aproveitar ou vociferar?
Joana Pires

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Regresso à rotina...


Foi já no mês passado que se deu início ao arrancar de mais um ano. Isto soará estranho a alguns, mas para outros será familiar: arranca o ano quando arrancam as escolas - professores, técnicos, colaboradores, alunos, mas também pais e filhos.
Todos os inícios de coisas, sejam novas ou conhecidas, nos trazem um aperto no estômago (umas vezes maior, outras vezes mais pequeno). As coisas novas (relativamente às já conhecidas) tendem a aumentar o aperto, porque temos de recorrer a todos os nossos sentidos: abrir bem os olhos para vermos bem os novos sítios; aumentar as orelhas para captarmos toda a informação que nos é dada; mexermos o nosso corpo de forma adequada ao contexto e às pessoas com quem estamos (que ainda estamos a conhecer). Fazemos tudo isto e tantas outras coisas, sem nos apercebermos.
E isto pode criar cansaço e desgaste, sem percebermos exactamente porque é que no fim do dia estamos cansados, ou aflitos, ou rabujentos, ou tristes.
Com as crianças passa-se exactamente a mesma coisa. Com uma enorme diferença… É que elas são crianças! E se por vezes a sua capacidade de adaptação é quase camaleónica, outras vezes a exigência de tudo o que têm de absorver é gigantesca: uma nova rotina de acordar, o trânsito que apanham logo pela manhã, o stress dos pais, os colegas novos, os professores, as actividades escolares, o espaço exterior, as novas funcionárias… A lista é enorme! E fica a faltar uma coisa importantíssima: elas próprias! O seu ritmo constante de crescimento, os seus sonhos, os seus desejos, as suas vontades, as suas tristezas, que no meio desta aceleração quotidiana são deixadas para depois, tendo esse depois lugar em… lugar nenhum.
O ritmo das crianças é fundamental. Mas o nosso também!
Interiorizemos que aquilo que nos faz únicos, especiais e fundamentais para a Humanidade são precisamente os nossos desejos, os nossos sonhos, as nossas vontades. É isso que nos faz vibrar, sentir borboletas na Alma, sejamos crianças ou adultos! E quando vibramos por dentro e conseguimos pôr esses sonhos cá para fora, essa vibração vem cá para fora também!
E é isso que acredito ser o nosso propósito, partilharmos com o mundo a nossa alegre vibração, única e estritamente nossa!
Como é que se faz a ponte entre este nosso quotidiano e estes sonhos especiais que todos temos?.. Fica para outra altura!
Joana Pires

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Nasce este Blog...

É mesmo com enorme Alegria que nasce este blog!
Ambas fomos sentindo, ao longo do tempo, que isto de Viver tem imensos desafios. Desempenhamos vários papéis, em vários contextos, com várias pessoas, em vários momentos. Estes são apenas alguns dos desafios que existem fora de nós. E dentro? Sentimos diferentes coisas em diferentes momentos, diferentes contextos, com diferentes pessoas, diferentes coisas relativamente à mesma pessoa e ao mesmo contexto… Às vezes este movimento pode ser cansativo, quando estamos em dor, mas a nossa experiência pessoal diz-nos que é possível encarar tudo isto com uma naturalidade e tranquilidade que vão sendo crescentes, até nos conduzirem à alegria de viver cada dia como uma nova e estimulante experiência, e encararmos todo este movimento como uma forma dinâmica e divertida de viver!
Por nos sentirmos e nos sabermos muito semelhantes a todas as pessoas, a vocês, é que nos faz sentido partilhar tudo o que sabemos e vamos sabendo, o que somos e vamos sendo, e pensamos, e vamos sentindo, convosco.
Aqui vão estando todas as coisas que nos fazem Viver e que sentimos que podem ser úteis a mais pessoas.
Quem nos está a ler já faz parte, apenas com esse simples gesto. Todos os outros gestos são bem-vindos, sempre! Isto faz sentido pela partilha, pelo crescimento conjunto que pensarmos e fazermos determinadas coisas nos proporciona.
Bem Hajam!

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Bem-vindos

Bem-vindos ao nosso espaço!

Aqui vamos poder falar, partilhar, perguntar, responder a todas as Coisas Lá de Casa!

Muito obrigada por estarem aqui e em breve teremos o nosso primeiro tema! (Aceitamos sugestões)

Bem haja a todos!